Você já se perguntou como o ambiente ao nosso redor pode impactar o desenvolvimento cognitivo das crianças? É um tema que me fascina profundamente, e vou compartilhar com você um pouco do que descobri.
Pesquisadores da Universidade de Harvard realizaram estudos instigantes sobre como diferentes aspectos do ambiente, como cores, iluminação, sons e espaço, influenciam a atenção, emoções e motivação das crianças em ambientes variados, como escolas, lares e áreas de lazer. Os resultados são reveladores.
As cores desempenham um papel notável. Por exemplo, tons suaves de azul e verde têm o poder de acalmar e transmitir tranquilidade, tornando-os ideais para as paredes do quarto ou elementos de decoração. Em contraste, cores vibrantes como o amarelo e o vermelho energizam e estimulam, tornando-os perfeitos para áreas de brincadeiras e exploração.
Porém, a chave está no equilíbrio. Um ambiente excessivamente estimulante pode prejudicar a concentração, enquanto um espaço monótono pode tornar-se entediante. Portanto, é crucial adaptar o design às necessidades e objetivos das crianças.
As formas e padrões também desempenham um papel importante. Círculos, estrelas e triângulos podem estimular a curiosidade e a cognição dos pequenos exploradores. Móveis, roupas de cama e brinquedos com padrões atraentes contribuem para o desenvolvimento de suas habilidades visuais e cognitivas.
Um ponto crucial é a personalização do espaço. Cada criança é única, com suas próprias características, idade, temperamento e interesses. Ao criar um ambiente personalizado, levando em consideração essas particularidades, criamos um espaço onde a criança se sente estimulada e amada.
A escola Reggio Emilia, na Itália, é um excelente exemplo de como o design do ambiente é fundamental. Lá, o ambiente é considerado o “terceiro educador” após a família e os professores. A escola usa cores, formas, materiais, luzes e espaços de maneira intencional e integrada, criando um ambiente rico em possibilidades de aprendizado.
O Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, é uma celebração da arte contemporânea e um exemplo marcante de arquitetura vanguardista. Seu Atelier Aberto Infantojuvenil proporciona às crianças a oportunidade de experimentar diversas linguagens artísticas, estimulando a criatividade.
A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Dona Leopoldina, em São Paulo, abraçou o conceito de design biofílico, integrando elementos da natureza em seu espaço. Com jardins verticais, hortas e telhados verdes, ela oferece um ambiente saudável e acolhedor para as crianças.
Em resumo, o design do ambiente é uma ferramenta poderosa para moldar o desenvolvimento cognitivo das crianças. Ao equilibrar cores, formas e padrões, personalizar o espaço e inspirar-se em lugares notáveis, como os mencionados, podemos criar ambientes que estimulam e nutrem nossos pequenos exploradores.
E você, que cores e elementos utiliza no ambiente das crianças? Compartilhe suas experiências e visões nos comentários abaixo. Juntos, podemos criar espaços onde nossos filhos possam florescer e explorar com todo o potencial.
Abraços Samra Jarouche Arquiteta